Seja bem-vindo a Svalbard, o lugar mais remoto do mundo. É um arquipélago no meio do Oceano Ártico, onde 2.200 pessoas vivem na última cidade do planeta Terra – acima dela, ao Norte, não há nenhuma outra. A civilização literalmente termina aqui. Um lugar inóspito, rodeado por geleiras, com invernos de 16 graus negativos (no verão, 4 positivos) e grandes áreas cobertas por permafrost: gelo eterno, que não derrete nunca. Um lugar hostil, habitado por 975 ursos polares (um para cada três pessoas). Um lugar insólito, onde até o tempo é diferente. Porque no dia 11 de novembro todos os anos, o Sol se põe e só volta a nascer em 30 de janeiro. É a chamada Noite Polar, que mergulha a cidade em dois meses e meio de escuridão (e acontece porque ela, pela localização no extremo Norte da Terra, fica desalinhada com o Sol durante esse período). Em abril, começa o fenômeno oposto: o Sol da Meia-Noite, um período de cinco meses, até o final de agosto, em que a cidade é bombardeada por luz, – e o Sol brilha o tempo inteiro, 24 horas por dia. Svalbard é um lugar capaz de testar os limites do corpo e da mente humana. Você precisa ter um motivo muito forte para morar aqui.