A atualidade e pertinência das propostas de Francisco não devia passar ao lado dos políticos, diz à Renascença o padre Tony Neves, para quem investir menos em armas e mais em educação é uma das chaves para o desenvolvimento, que é urgente pôr em prática.
A luta contra a pandemia vai continuar a ser o grande desafio em 2022, ao qual tem de se responder com mais “fraternidade” e “solidariedade”, diz o padre Tony Neves.
Em entrevista à Renascença a partir de Roma, o missionário português - que integra o governo geral dos Espiritanos - olha para o atual momento na Igreja, e recomenda a todos, mas sobretudo a quem tem poder de decisão, a leitura atenta da mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz.
Como é que perspetiva este novo ano? Quais são os principais desafios que se avizinham?
2022 tem pela frente uma série de combates. O primeiro é este da pandemia: temos de acabar com ela, senão ela acaba connosco, e isso implica darmos as mãos, implica deitar fora muitas “fake news” que circulam e que fazem com que à escala mundial as pessoas comecem a ter medo da vacina, a desconfiar que o combate à pandemia não está a ser bem conduzido, e isso tem sempre o efeito terrível das pessoas desmazelarem o combate, e vão aparecendo novas estirpes e variantes que serão cada vez mais duras.